Comprar uma franquia de rede consolidada ou rede nova?

Ao observar atentamente os números das 5 redes com maior quantidade de franqueados no Brasil (O Boticário, Subway, Cacau Show, AM PM Mini Market e Ortobom), percebe-se que as maiores cobram valores altos de royalties e publicidade, e trabalham com produtos de custo baixo e preço alto . A taxa inicial não é mais alta do que aquela cobrada pelas redes concorrentes, o que não representa uma barreira à entrada significativa nestas organizações.
No entanto, o payback das unidades mais novas destas redes costuma ser relativamente lento e demora ainda mais quanto maior a quantidade de lojas numa mesma região. Esta miopia na percepção da rentabilidade do negócio leva pessoas a optarem por investir nestas grandes redes, na fase de crescimento na qual se encontram.
Os primeiros franqueados destas redes sim obtiveram resultados extraordinários! Já os franqueados mais recentes tendem a ser menos empreendedores e a comprarem a franquia pensando em investir numa marca conhecida na qual não precisem quebrar muito a cabeça.
Mas esta aparente facilidade tem um custo! O faturamento destas operações tende a ser bom, no entanto o lucro destas operações tende a ser menor, pois boa parte dele é repassado nas taxas contínuas (royalties e publicidade), valor que é em boa parte reinvestido na marca, atraindo assim tanto clientes como os próprios franqueados.
Estas redes têm hoje como principal preocupação aumentar a eficiência operacional e sobretudo evitar o \”intrabrand competiton\”, mais conhecido no Brasil como canibalismo. Ferramentas de Geomarketing ajudam a minimizar este problema e reduzir os repasses de unidades deficitárias. Enquanto as grandes têm suas questões para resolver, as menores ocupam seu lugar ao sol com agilidade e estruturando negócios ainda mais lucrativos e rentáveis.